Abstract
Este ensaio analisa dois contos de encantar de A. S. Byatt, “The Glass Coffin” e “Cold”, a partir de um motivo narrativo encontrado em muitos contos deste subgénero literário: o vidro. Antes da análise deste motivo nos dois contos em apreço, será feita uma breve contextualização histórica de dois tipos de narradoras presentes na tradição literária do conto de encantar, de modo a situar A. S. Byatt nesta tradição e a examinar o modo como incorpora algumas das suas lições nestes contos. A discussão da simbologia do vidro nos textos em análise será feita em articulação com o estudo Victorian Glassworlds: Glass Culture and the Imagination 1830–1880, de Isobel Armstrong, que examina o vidro enquanto material antitético em vários contos de encantar.
